sábado, 27 de junho de 2009

A melhor homenagem para Michael Jackson

Detentos filipinos voltam a interpretam o videoclipe Thriller, de Michael Jackson, na última sexta-feira (26), para homenagear o ídolo pop. A primeira encenação foi no ano de 2007 e fez sucesso no YouTube. Sem dúvida, a melhor de todas as homenagens prestadas até agora!


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Debate MTV - Jornalista precisa de diploma?

O tema do Debate MTV exibido na última terça-feira foi "Jornalista precisa de diploma?". Eu assiti e achei que a discussão poderia ter sido melhor, mas para quem ainda quer saber mais opiniões sobre o assunto, vale dar uma olhada.

Debate MTV (assista aqui)

Para magnata da imprensa, todos os jornais serão digitais dentro de 10 anos

Comentário de Ethevaldo Siqueira no site da CBN sobre o empresário Rupert Murdoch que acredita que dentro de 10 anos todos os jornais serão digitais.Siqueira lembra que a "nova" geração já não tem o hábito de ler jornais impressos. È bem curtinho e descontraído, vale a pena escutar.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Pensamentos pós “A Festa da Menina Morta”




Antes que saísse de cartaz, fui assistir ao tão comentado “A Festa da Menina Morta”, estréia do ator Matheus Nachtergaele como diretor de longa-metragem. Confesso que o filme deixou muitas lacunas em minha cabeça. Não só na minha porque no final o público permaneceu por mais um tempo na sala como se ainda estivesse digerindo o excesso ou, talvez, ausência de elementos.
A obra trata de muitos assuntos simultaneamente e os questionamentos são inevitáveis. É um filme que toca em pilares como fé e família. A história se passa em uma comunidade ribeirinha do Alto Amazonas. Uma menina desaparece e um cachorro leva um pedaço de sua roupa suja de sangue para Santinho que acabara de perder sua mãe por suicídio. O fato é visto como um milagre a partir de então o “trapo” passa a ser considerado sagrado e o menino, como já mencionado em seu nome, um santo.
Oras, mas se a menina desapareceu, qual foi o milagre de Santinho¿ Ai está, o primeiro ponto delicado do filme, pois mostra a fé da população em um milagre que não existiu. E esse é o motivo de revolta do irmão da garota desaparecida, já que a comemoração custa somente a ele e a sua mãe a dor da perda. No entanto, as pessoas só pensam na festa e comemoram o dia do desaparecimento.
Outro ponto: dentro da precariedade em que vive, Santinho é tratado como um nobre. Porém, a população não sabe da intimidade do rapaz: ele mantém uma relação incestuosa com seu pai. Santinho representa o sagrado e o profano, mas seus devotos não reconhecem essas facetas. Isso demonstra que, muitas vezes, as pessoas não conhecem aquilo em que acreditam. Será que ele seria beatificado se seus adoradores soubessem dessa relação incestuosa¿ Provavelmente não, pois a família é um dos pilares da sociedade.
A vida de Santinho é uma grande farsa (ele é um personagem instável psicologicamente) e ao perceber isso, antes da vigésima “Festa da Menina Morta”, o rapaz entra em crise. Por inúmeros motivos ele percebe que está enganando seu povo e, por isso, diz em seu discurso (supostamente dito a ele pela menina morta) que “a palavra do ano é a dor”.
O filme mostra a necessidade de aquela população ribeirinha crer em algo maior, da mesma forma que encontramos centenas de crenças diferentes a cada esquina que dobramos - o mercado depende da demanda. Mas, “A Festa da Menina Morta” não é só isso, ele é angustiante e indigesto.
Para finalizar, não posso deixar de expor um pensamento maligno que tive durante o filme: o Inri Cristo, se é que ele vai ao cinema, deveria ver o longa. Quem sabe ele não perceba que, assim como Santinho, que “a palavra do ano é dor”. Pior do que mentir é persistir na mentira...

Entrevista de Matheus Nachtergaele para a revista Bravo, clique aqui


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Opiniões sobre a não obrigatoriedade

Para quem quer ler um pouco mais sobre a não obrigatoriedade do diploma de jornalismo aqui vão duas dicas. São textos de Alberto Dines e José Dirceu a respeito da polêmica.

Uma decisão danosa

Por Alberto Dines em 18/6/2009

Difícil avaliar o que é mais danoso: a crítica do presidente Lula à imprensa por conta das revelações sobre o comportamento do senador José Sarney (PMDB-AP) ou a decisão do Supremo Tribunal de eliminar a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo. São casos diferentes, porém igualmente prejudiciais à fluência do processo informativo. E exibem a mesma tendência para o sofisma, a ilusão da lógica.

Leia em: Uma decisão danosa

O sentido real da campanha contra o diploma

Por José Dirceu em 18/6/2009

Sob a alegação de que o jornalismo é uma atividade diferenciada e vinculada à liberdade de expressão e informação, garantida pela Carta Magna do país, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou por oito votos a um a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão.

Leia em: O sentido real da campanha contra o diploma

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Jornalista: com diploma ou sem diploma?


Estava trabalhando agora a tarde e, de repente, entrei em crise existencial. Lí no Blog do Noblat que sete dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acham que o diploma não deve mais ser obrigatório para o execício da profissão de jornalista.
Oras, porque tanto espanto? Eu já sabia que mais ou menos dia isso ia acontecer! È que ao ler a notícia não pude deixar de me lembrar do esforço que fiz para passar no vestibular e, depois, os quatro anos que fiz de graduação. Tudo bem que a faculdade não foi só um diploma, mas pensamentos "egoistas" invadem minha mente e me fazem acreditar que o diploma teria que ser obrigatório.
Tudo bem que o jornalismo é aprendido mesmo na prática, mas com diploma já existe dificuldade em ingressar no mercado de trabalho, então imagine sem! Como mandar currículos e participar de seleções sem ter o "abençoado" diploma? A não obrigatoriedade é benéfica para quem já está no meio e não para aqueles, como eu, que decidiu um dia ser jornalista sem contatos ou os famosos QIs.
Olhem a opinião de Boris Casoy sobre o assunto. Já digo que discordo dele em vários pontos. Porém, concordo em outros e, por isso, resolvi coletivizar:

Casoy – Sou contra. Não há necessidade nenhuma de diploma. Veja, não sou pelo fechamento das escolas de comunicação. Muito pelo contrário, acho que devem ser melhoradas e muito. Podem formar profissionais muito melhores do que esses que estão sendo “atirados” ao mercado. Jornalismo as pessoas acabam aprendendo, elas acabam “forjando” sua profissão, dentro das redações. É o que continua acontecendo. Acho um atraso de vida essa obrigatoriedade de diploma. Isso cria uma reserva de mercado. Se as escolas são tão boas, certamente, aqueles que cursam terão uma preferência pela qualidade.
Jornalismo é profissão intelectual. Daqui a pouco vão propor a criação de um curso especial para escritor... isso é um horror: você propor que só pode escrever livros, oficialmente, quem tem diploma. Não tem lógica!

Lembrando que muitos jornalistas renomados não tem diploma. O próprio Bóris Casoy não tem. Ricardo Kotscho também não tem. Os caras são muito competentes, afinal diploma não tem nada a ver com competência. Mas a pergunta persiste: e eu, o que faço com o meu humilde diploma unespiano?

Leiam o post de hoje no Blog do Noblat: Maioria vota contra exigência de diploma para jornalista

Essa é de fevereiro, disponível no Portal Imprensa: União de Jornalistas Independentes luta por fim de diploma e registros provisórios

terça-feira, 16 de junho de 2009

Água dura em garrafa mole....

Interessante essa matéria da Piauí. Vocês sabiam que muitos restaurantes nos EUA estão trocando a água mineral pela “torneral”? Isso mesmo, em alguns estabelecimentos, ao invés de ser vendida, a água é servida em jarras com ou sem gelo. Motivo? Contenção,já que nos EUA são gastos milhões de dólares com garrafas de água.
Para manter a sede de seus alunos saciada, a Universidade de Minnesota paga 180 mil dólares anualmente por garrafas de água. Algumas prefeituras aderiram à causa, entre elas a Chicago, Miami e Filadélfia.

Leia mais em Água dura em garrafa mole...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Gente, olha essa: Venezuela proíbe e recolhe a Coca Zero


Deu na folha de s.paulo

Venezuela proíbe e recolhe a Coca Zero

O "socialismo do século 21" na Venezuela proibiu a produção e a distribuição da mais nova versão da bebida do imperialismo, a Coca-Cola Zero.

A decisão, disse o governo de Hugo Chávez, deve-se ao fato de o refrigerante ter em sua fórmula um componente prejudicial à saúde dos venezuelanos.

Sem identificar exatamente o tal ingrediente, o ministro da Saúde anunciou um procedimento de inspeção que inclui o recolhimento dos refrigerantes desse tipo.

A empresa Coca-Cola Femsa, engarrafadora dos refrigerantes no país, anunciou que acatará a decisão do governo, embora tenha negado a presença de qualquer ingrediente insalubre em seu produto.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Petrobras anuncia mudança em divulgação de informações em blog

Blog da empresa divulga questionamentos da imprensa e respostas.
Material agora só será divulgado no dia da publicação de reportagem.

Leia mais em: Petrobras anuncia mudança em divulgação de informações em blog

terça-feira, 9 de junho de 2009

Nunca um blog foi tão polêmico



A Petrobras teria criado o blog "Fatos e dados" para se defender, já que é alvo de uma CPI, que ainda não foi instalada devido ao impasse entre PT e PMDB (Aloizio Mercadante e Renan Calheiros) para a indicação dos nomes que preencherão os cargos de relator e presidente da comissão.
O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, justificou a criação do blog dizendo que é uma maneira de levar ao público informações sobre a empresa de forma transparente, provando, assim, que a CPI é vazia. A assessoria da petroleira também criou um perfil do blog no Twitter e em apenas três dias contabiliza mais de 800 seguidores.
No entanto, a Petrobras além de responder as matérias publicadas nos jornais e revistas, começou a antecipar a veiculação de conteúdo “alheio”. Dessa forma, entrevistas na íntegra passaram a ser postadas antes mesmo que os veículos publicassem as informações. Criou-se o caos na imprensa, afinal a atitude da estatal privou os jornalistas da exclusividade e do ineditismo.
Em entrevista ao programa Roda Viva (assista aqui), na segunda-feira (08), o presidente da Petrobras alegou que não falta ética por parte da Petrobras porque a informação é pública. Os jornalistas não discordam de que os dados são de conhecimento da esfera pública, mas afirmam que é uma questão de ética. Se uma entrevista foi solicitada cabe à empresa esperar a publicação para depois reproduzi-la e não antecipar a veiculação.
A comentarista política Dora Kramer comentou que agindo desta maneira, a Petrobras ao invés de se proteger, acaba denegrindo mais sua imagem, a qual já está abalada devido às suspeitas de irregularidades. Ela afirmou que “ingenuamente” a Petrobras está se afastando dos jornalistas, pois ninguém vai querer entrevistar uma fonte que se adianta na publicação do conteúdo e acaba desvalorizando a investigação jornalística.
Fala-se em censura, já que a petroleira é uma empresa pertencente ao Estado. Muitos acusam a Petrobras de intimidação, afinal aonde foi parar a liberdade de imprensa ou seria liberdade de empresa?
A CPI nem foi instalada e - se depender da base governista nem vai ser tão cedo - o caos já paira no ar. Ninguém pode afirmar como será essa guerra pela informação quando a investigação estiver em andamento. Na verdade o “Fatos e dados” tirou a CPI do centro das atenções, o foco agora é outro e a situação parece estar longe de ser resolvida.
Salve- se quem puder.

No blog Pós-texto, do Bruno Calixto (Planta) também há um texto sobre o assunto: Petrobras divulga perguntas de jornalistas em blog. Vale a pena conferir!

Nova Mídia altera o valor do conteúdo

Para quem se interessa pelo tema e quer ler mais sobre a relação entre as mídias digitais e o jornalismo aqui vai a dica de uma boa entrevista de Marcelo Coutinho (estudioso do impacto da tecnologia na economia e na comunicação) à Gazeta Mercantil. Está disponível no Conversa Afiada, site do jornalista Paulo Henrique Amorim.


Gazeta Mercantil - O senhor falou que o conteúdo continuará a ser um item muito importante no cenário que se desenha para o mercado da comunicação. Mas que tipo de conteúdo é esse que será valorado? Quais as perspectivas para a produção jornalística?

O conteúdo tem relevância na medida em que ele é uma moeda social. É o fato de ter acesso a um material interessante, diferente e reproduzi-lo em uma rede, que pode ser digital ou não - é preciso entender que há as redes sociais que não são digitais. As pessoas falam das redes sociais como se elas tivessem surgido com a internet. Mas a sociologia começou a estudá-las por volta de 1890. A novidade é que elas passaram a ser mensuráveis a partir da digitalização. Então, que conteúdo é importante? Claramente percebemos que é aquele que vai além da instantaneidade. De que me vale ver na capa de um jornal a seguinte manchete “Obama é eleito”. Não faz sentido. Vamos analisar o assunto por partes. Pense no jornalismo hard news (notícias factuais), que pode ter alto impacto, mas tem vida útil curta. Esse tipo de conteúdo será comercializado talvez por um grupo muito restrito de organizações internacionais com escala para uma produção global. Estamos falando de dois, talvez três grandes conglomerados. Esse tipo de produto vai morrer como suporte para comunicação publicitária, porque ninguém vai esperar 24 horas para ler a notícia num jornal. A hard news continuará importante, mas o valor percebido nela, no sentido de gerar um modelo de negócios, será cada vez menor. Minha impressão é que caminhamos para a valorização do conteúdo contextualizado. Assim, creio que teremos produtos de mídia na linha da The Economist, com análise e contextualização. Não acredito que as organizações de mídia terão um modelo economicamente viável baseado na exploração de hard news. Esse vai ser um jogo para duas ou três companhias globais, que fornecerão para todo mundo.
Leia mais em http://www.paulohenriqueamorim.com.br/index.php?s=impresso

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O tráfico não dorme


São adolescentes de idade entre quinze e vinte anos. Durante o dia se revezam em turnos para que não falte atendimento à freguesia. Acordam cedo e vão para a labuta. Assim que chegam ao trabalho, o café da manhã logo é servido. O cardápio não é muito variado, mas sempre há pão, frios e suco de caixa (Del Valle) – o suficiente para agüentar até o horário do almoço, quando chegam as quentinhas.
O trabalho não oferece registro em carteira, benefícios, férias, horas extras ou banco de horas. Não exige esforço físico, mas é de alta periculosidade. O tráfico não dorme e é preciso estar atento, sempre.
O escritório é na rua. Ali, os garotos tomam café da manhã, almoçam e, acima de tudo, fazem negócios. É tudo a olho nú, apesar de tentarem ser discretos. Os carros são parados próximos à calçada – como se o motorista fosse pedir informações – e a mercadoria é vendida. As pessoas param e conversam para disfarçarem que são compradoras.

No trabalho há toda uma logística. As funções são atribuídas de maneira que cada empregado tenha uma responsabilidade: vendas, tesouraria, pedidos, olheiro, entre outras. As mercadorias são guardadas cuidadosamente em sacos de salgadinho e embalagens de cigarro que ficam no chão como se fossem lixo. Embalagens de plástico de M&M's também são muito úteis, pois cabem em qualquer buraco dos muros quebrados.
O serviço é 24 horas. A população sabe e se sente desconfortável e agredida. A polícia, apesar do largo horário de atendimento, não consegue flagrar o comércio. Ela é paga para isso, e esse honorário não é o governo quem paga, ou seja, é um trabalho “freelancer”.
O tráfico não para e os moradores não dormem. Para assistir a esse filme não é preciso ir ao cinema ou locar DVDs. Basta abrir a janela de casa ou sair na rua. É a verdade nua e crua.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

No reino de Tão Tão Distante

Os finais de semana em Perus são todos iguais. Geralmente as pessoas se deslocam para bairros vizinhos ou até o centro da cidade buscando diversão. Para aqueles que preferem ficar ou, por algum motivo, não podem se deslocar para outros lugares não restam muitas alternativas.
A moda em Perus, sem dúvida, é o funk. É possível encontrar um adolescente escutando o ritmo, em mp3 e celulares, praticamente a cada passo dado na rua. Escutam e cantam empolgadamente: “Onde as novinhas rebola e desce até o chão/ Salgueiro é o caldeirão/ Salgueiro é o caldeirão/ Salgueiro é o caldeirão/ Elas desce e remexe a cadeira/ A cadeira e rebola” (Mc Ombrinho e Menor do Chapa).
Nas escolas predominam os bondes ou famílias. Pelo que sei os bondes são menores que as famílias. Só pode pertencer a um grupo quem for convidado e se comprometer a seguir algumas regras, como se fosse um estatuto. Por aqui são muitos bondes e famílias com nomes e lemas muito diferenciados e criativos: Bonde dos solteiros – Solteiro sim, sozinho nunca; Família Noturna – Ou corre com “nóis” ou corre de “nóis”, Família Pikadilha – Família grande e complicada e Família Pão com Ovo – Mexeu com “nóis” ta frito. Camisetas e bonés identificam cada grupo, os quais muitas vezes se enfrentam porque “mexeu com um, mexeu com família toda”.
Sem opções de lazer, famílias, bondes, pagodeiros, roqueiros e uma infinidade de estilos, como se fossem cardumes, se reúnem na Praça Inácia Dias nos finais de semana. Já na sexta-feira a noite é possível notar a grande concentração de pessoas desde a escadaria da estação ferroviária. Ao redor da praça carros estacionados tocam, na maioria das vezes, funk e pagode. Pastel, cachorro quente, cerveja e afins fazem parte do cardápio da noite. A rua vira banheiro público e o cheiro de urina se torna insuportável.

No entanto, sábado quando cheguei em Perus me surpreendi e me decepcionei ao mesmo tempo. Já da catraca de saída da estação enxerguei um telão bem no meio da praça. O filme era “Meu nome não é Johnny” e a plateia era quase ninguém. Poxa, onde estava toda aquela gente que fica ali nos finais de semana? Por isso, surpreendente e entristecedor ao mesmo tempo.
Muitos comentavam o “absurdo”. Como assim passar um filme na praça! Foge totalmente da normalidade! È a oportunidade de lazer para muitos que nunca foram ao cinema escapando por entre os dedos. Mas o que fazer, afinal não se pode forçar ninguém a fazer uma coisa que não queira. Por isso, apesar de ter crescido aqui a periferia, muitas vezes, me parece estranha, impenetrável e muito rica ao mesmo tempo. A diversidade é imensa, são muitos valores convivendo em um só espaço.
Fiquei pensando nisso. Queria que muitos tivessem visto o filme. Cheguei em casa e fui baixar “Meu nome não é Johnny” já que eu também não havia assistido, ou melhor, ainda não assisti porque trabalhei hoje (sim, trabalhei em pleno domingo). Acho que na próxima semana não vai ter cinema ao ar livre e, com certeza, a praça vai estar lotada. A situação é, no mínimo, curiosa.