sábado, 30 de janeiro de 2010

2º dia - Vale Sagrado e Águas Calientes



Acordamos cedo, fizemos nosso “desayuno” e fomos para a Plaza de Armas, de onde sairia nosso ônibus para o Vale Sagrado. A primeira parada em uma feirinha de artesanato, distante 17 km de Cusco. Lá comprei algumas coisas incrivelmente baratas. A próxima para já seria nas ruínas de Pisac.

Era segunda –feira, portanto, não havia feira em Pisac, pois só acontece as terças, quintas e domingos. Assim que chegamos compramos nosso boleto turístico, 130 soles. A Mari conseguiu usar a carteirinha antiga da pós-graduação e pagou a metade do preço.

Até então, quase não havíamos sentido a altitude, mas realmente a subida foi cansativa. Ainda bem que ninguém passou mal! Realmente, um mochilão desses vale mais do que qualquer aula de história ou geografia. A guia que estava com a gente explicou muitas coisas interessantes e incríveis. Ninguém sabia que os pulmões dos habitantes da região andina são no mínimo três vezes maiores que os nossos! Afinal, respirar na altitude é preciso! É por isso também que eles são pequenos e com o corpo um pouco triangular.... para abrigar pulmões tão grandes! O aprendizado vai além da história!

Ruínas de Pisac


De Pisac seguimos para Ollanta, onde também embarcaríamos para Águas Calientes. Vale ressaltar que infelizmente esses locais foram atingidos por fortes chuvas na última semana e estão, literalmente, embaixo d’agua. Em Ollanta, conhecemos mais algumas ruínas e depois o ônibus seguiu para Chinchero.

Nós não seguimos viagem, ficamos conhecendo o povoado e fomos na feira de artesanatos, onde uma “chica” queria trocar uma mercadoria pela minha mochila pequena. Juro que pensei duas vezes, mas ia ficar sem mochila depois e a viagem ainda estava no começo..hehe.

Vista de cima - Povoado de Ollanta


Tomei um caldo de alho muito bom em Ollanta, estava frio e o trem só ia sair às 21h30. Chegamos em Águas Calientes por volta das 23h e fomos para um hostal que, segundo a moça, era “muy cerca y bueno”. Nem perto, nem bom, nem com chuveiro funcionando, foi uma luta até água esquentar. No entanto, os 40 soles pagos pelo quarto triplo foi o suficiente para descansar para o dia seguinte: Machu Picchu.

De São Paulo a Cuzco


Plaza de Armas, Cuzco

É claro, a expectativa estava grande, afinal tinha chegado o grande dia e o nosso mochilão ia começar. O vôo saiu de Cumbica ás 18h50 e às 21h00 já estávamos no aeroporto de Lima. Resolvemos ir até Miraflores porque a conexão para Cuzco sairia só às 10h00 do dia seguinte (20/12). Foi ai que fomos surpreendidos pela primeira vez na viagem!

Combinamos 25 soles com o taxista até Miraflores, mas ai ele começou com papo de que iria ficar muito caro e pra voltar e que era melhor a gente ficar em um outro lugar que também era super agitado, a Marina. Acreditamos nele e depois, além de pagarmos 10 soles a mais, fomos parar no risca faca de Lima.

Resolvemos parar em um bar que eu não me lembro o nome, mas que parecia ter saído da vilinha do Chaves. Ficamos lá um por um bom tempo, experimentamos várias cervejas e “ai, sim! Fomos surpreendidos novamente!”. Perguntamos para o dono do buteco o que era a porção de papas al hilo e ele não soube explicar, logo não conseguimos entender e quando chegou o prato estávamos em frente a um grande prato de batata palha! Hahahaha, foi ridículo!

Ficamos lá mais um tempo e depois decidimos procurar outro lugar. Na avenida um monte de “pollerias” e a gente não tava com a mínima vontade de comer frango. Várias baladas estranhas! Achamos melhor não entrar porque além da cara de turista, estávamos com nossas mochilas.

Já era madrugada, voltamos para o aeroporto e passamos a noite mais interminável de nossas vidas. Brincamos de “O Terminal” até a saída do vôo para Cuzco. O Jota conseguiu dormir um pouco, mas eu e a Mari resolvemos sair do aeroporto pela manhã para tirar umas fotos. Foi ai que vimos uma galera comendo pão com ovo, vendido no ponto de ônibus! Não, nós nem cogitamos a hipóteses de comer um.

Depois de muitas horas de espera, embarcamos para Cuzco. Chegando lá, uma porção de pessoas oferecendo hostal. Não aceitamos nenhum, é preciso pechinchar! Conversamos com um taxista muito gente boa, o Willy (Cualquier cosa que necesitas, llamas a Willy!) que levou a gente pra um lugar bem bacana, próximo a Avenida El Sol, duas quadras abaixo da Plaza de Armas. Preço: 70 soles o quarto triplo. Fechado!Tomamos banho e tiramos o dia para conhecer a cidade e suas pequenas ruas.

Conseguimos almoçar por 15 soles, menu turístico, que traz uma sopa ou creme de entrada, o prato principal, o postre ( sobremesa) e uma bebida. Experimentei carne de alpaca e me pareceu um pouco forte, mas depois achei muito boa! Tomamos o famoso pisco sour, mas confesso que não curti só pelo fato de saber que aquela espuminha é clara de ovo..hehhee.

Aproveitamos para já providenciar nosso passeio ao Vale Sagrado ( 20 soles por cabeça) porque nosso trem para Machu Picchu sairia na segunda, 21/12, a noite. Compramos várias coisas porque estava meio frio, então nos equipamos de toucas, luvas, meias e blusas típicas. Todo turista faz isso!

Já nesse primeiro dia, muito me impressionou o misto de beleza e pobreza na ruas de Cuzco. São principalmente mulheres e crianças pedindo dinheiro (Um sol por mí señor) ou cobrando por fotos.

Uma das muitas peruanas que vendem comida nas ruas de Cuzco

Pela noite fomos ao Mushroom, mas estava vazio! Bebemos algumas cusqueñas e mojitos e fomos dormir. No Mama Àfrica, a balada mais cobiçada de Cuzco, não havia nada...apenas aulas de Salsa.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Engraxate

Chiquito peruano engraxa sapatos de turista na Plaza de Armas, Cuzco, Peru