sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O bonde segue sua nau

Porque não fazer um funk cult? Muito boa a música "Gaiola das Cabeçudas", humor inteligente!





Gaiola Das Cabeçudas 

A de Aleijadinho
B de Beethoven
C de Camões
D Dostoiévski
E de Einstein

F de Foucault
G de Godard
H Hermeto Pascoal
I de Ionesco, é teatral

J de Jung
K de Karl Marx
L é Lord Bryon
M Machado de Assis

N de Nietzsche
O de Olavo Bilac
P, Platão
QI, coeficiente dos irmão

R de Rousseau
S Saramago
T de Tiradentes
Tem pra ele feriado

U de Ulisses
W de Weber
Y é o cromossomo
Que não tem na mulher

X de Xuxa
Z de Zaratustra
O V não esqueci
Toca um Vivaldi Aí

Toca um Vivaldi, toca um Vivaldi
Toca um Vivaldi aí

É o Goethe, é o Goethe, é o Goethe
Daquele jeito

Li tudo do Leon Tolstoi
Tudo do Leon Tolstoi, tudo do Leon Tolstoi

Surra de Schubert
Surra de Schubert

Eu vou pro MAM ver a Tarsila
Agora eu escrevo orelha e ninguém vai me segurar

Qual a diferença entre o Lutero e o Kant?
Um é iluminista, o outro é protestante

Stanislavski compõe o personagem
Brechet quebra a parede, com a plateia interage

Penso logo existo, penso logo existo
Descartes quem disse isso

Mona Lisa, é nóis
Tipo Gioconda, tipo Gioconda

Nessa dança tem que fazer uma invenção
Nessa dança tem que ter notoriedade

Pergunta número 1:
Quem escreveu o livro 1984?

George Orwell!

Pergunta número 2:
Quem é o cineasta espanhol amigo do Salvador Dali?

Buñuel!

Pergunta número 3:
Quem é o autor do livro "O Príncipe"?

Maquiavel!

Perunta número 4:
Qual o prêmio mais importante do mundo?

Nobel!
Prêmio Nobel!

Agora eu quero ver pra terminar, quem vai saber?
A pergunta número cinco:
Quem inventou o telefone?

Graham Bell!
Alô?

Português herói
Navegante, é o Cabral
Para tudo, é terra à vista
O bonde segue sua nau

Segue sua nau, o bonde segue sua nau
Segue sua nau, o bonde geral na nau

Geral na nau, segue geral, geral na nau
Geral, segue geral na nau, segue sua nau

Segue sua nau, segue geral na nau


domingo, 11 de julho de 2010

A hora e a vez do Brasil

A Copa do Mundo da África do Sul termina hoje e todos os brasileiros se mostram muito empolgados com o fato de sediar o oróximo campeonato mundial. As expectativas são múltiplas, mas o fator realmente preocupante é ninguém parece se lembrar de que a Copa de 2014, na verdade, já começou em outubro de 2007, quando a FIFA anunciou que o Brasil sediaria o próximo mundial.


Assistindo ao documentário "Fahrenheit 2010" (2008), sobre os preparativos para a Copa da África do Sul, parei para pensar nos prós e contras de sediar um evento de tão grande porte. A questão é que somos o próximo da fila e muitos elefantes brancos serão criados. Na África, muitas pessoas foram retiradas de suas habitações para a construção de estádios em um país em que o futebol não é a preferência nacional. Ponto para nós, já que aqui é "o país do futebol"e não vamos questionar o evento do ponto de vista esportivo. No entanto, não podemos deixar de pensar nas questões econômicas e políticas que há por trás da Copa.


Fahrenheit 2010



O que vemos até o momento é uma grande festa, como foi visto no lançamento do logo da próxima Copa , quando Ricardo Teixeira para o mundo se preparar para "sair de 2014 um pouco mais brasileiro". Não é isso que queremos, pois a onda "Bafana Bafana" será esquecida logo, talvez já na semana que vem, quando não houver mais Copa do Mundo. Mais do que ninguém, o povo brasileiro quer a Copa, porém, infelizmente, pouco saberá dos bastidores.  O governo já adiantou que projetos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) poderão ser adiantados para ajudar na preparação do torneio, tomara que esse dinheiro seja utilizado de forma justa.


Festa brasileira na África do Sul para apresentação do logotipo da Copa de 2014



Por esse e por outros motivos, recomendo  "Fahrenheit 2010", para reflexões sobre o antes, o durante e o depois da Copa, afinal também temos Olimpíadas pela frente. 


Leiam essa notícia de hoje: Entre atrasos e irregularidades em obras, situação das cidades-sedes para Copa 2014 é preocupante






quarta-feira, 14 de abril de 2010

Geração Fotografia


Definitivamente, a imagem nunca foi tão importante para os adolescentes como nos dias de hoje. Irmã e prima de “teenagers”, vejo que elas passam o dia fotografando, editando e postando as fotos na internet. Elas são incansáveis!

Hoje, as máquinas digitais e os celulares, com câmera integrada, são tão importantes ao ponto de causar choro caso se quebrem, ou se algumas fotos são apagadas acidentalmente. Digo porque vi uma cena dessas em casa, ainda bem que não era eu a dona do dedo “mágico”.

Maquiagens, bicos, óculos, chapinhas e consecutivas trocas de roupa fazem parte desse universo narcisita. Claro, não podemos esquecer dos programas de edição de imagens, os quais agora não são dominados somente por profissionais da are, mas também por essa figurinhas que procuram estar mais bonitos na fotos. Há versões mais simples, como o PhotoScape, que ajudam a garotada nessa empreitada. Diariamente ouço: “Fulana está muito bonita nessa foto, certeza que ela deu um PhotoScape”! Literalmente, essa não mais uma arte exclusiva das revistas.

Não há fotos sem edição ou será que não há mais adolescentes com espinhas? Eu prefiro acreditar na primeira hipótese, afinal basta passar a imagem por um filtro que retira ruídos e pronto, temos um rosto lisinho e novinho em folha. Nem as fotos que estão realmente bonitas escapam das garras da vaidade, mesmo porque dos 12 aos 17 anos nada é perfeito, sempre há algum problema, qualquer coisa é motivo para insatisfação. Fase difícil, tanto para eles, quanto para nós que temos que conviver com esse turbilhão de emoções. Difícil é explicar que não há como passar PhotoScape na vida, que nem sempre é tão bonita quanto nós queremos.

13ª Dia - Cuzco/ Último Dia

Acordamos já passava do meio dia e, então fomos almoçar no Bembus, que oferece lanches bons e baratos! Depois ficamos jogando conversa fora o resto do dia. A cidade estava ficando vazia novamente, muitos foram para lá só para a virada, não só estrangeiros, mas também muitos peruanos de outras regiões.

No outro dia embarcaríamos às 8h00 para Lima e de lá voltaríamos para o Brasil. Demos tchau para a galera que a gente conheceu por lá e voltamos para essa nossa vidinha besta de sempre, rs!



12º Dia - Cuzco/ Año Nuevo

Aproveitamos o dia para fazer as últimas compras: blusas, toucas, brincos, colares, enfim...tudo o que o mercado de "artesanias" permite! Acordamos tarde, esqueci de contar que na noite anterior fizemos uma "maraTOMA" em várias baladas de Cuzco e o melhor: ganhamos várias biritas!

A tarde fomos no supermercado do povão que descobrimos na mesma rua do hostel onde estávamos e compramos algumas bebidinhas para a noite de ano novo! Lá todos vestem amarelo nesta data em homenagem ao "Deus Sol". Na virada, todos dão sete voltas na Plaza de Armas.

Estava lotado de turistas, a Praça das Armas parecia uma guerra! Na verdade, parecia que tava rolando uma micareta, rs! No meio dessa festa, bateram a carteira do Jotinha e do Thiago. Encontramos muita gente que foi assaltada no meio do tumultúo, mas beleza... só nos restava aproveitar!


terça-feira, 13 de abril de 2010

11º Dia - De volta a Cuzco: Moray, Chinchero e Salina de Maras

Era 30 de dezembro, não reservamos nenhum hostel em Cuzco e, confesso, tivemos trabalho para achar um lugar com preço bom. Como estávamos em seis, nos espalhamos pelas pequenas ruas da cidade até achar um hostel.

Tomamos banho, demos um cochilo e já saimos.Tínhamos aproveitar nosso boleto turístico que havíamos comprado assim que chegamos a Cuzco. Ainda faltavam alguns lugares a serem visitados, então aproveitamos o tempo, já que ficaríamos na cidade até nossa partida. Fomos para Moray, mais uma prova de que os incas eram sensacionais!






Terraços circulares de Moray. Acreditava-se que a utilização do contorno de um útero traria mais fertilidade para a "madre tierra" ou "pachamama".

10º Dia - Uyuni, La Paz, Copacabana



Depois de mais de 16 horas de viagem, chegamos a Copacabana. Como já tinhamos passado pela cidade, aproveitamos o dia para conhecê-la melhor antes de enfrentar mais 7 horas de ônibus até Cuzco. Compramos passagens por 75 bolivianos! A promessa era de um ônibus bom, mas ai sim fomos surpreendidos novamente, rs! Eram uns quinze brasileiros em uma van que a porta não fechava, hehe! fomos até a fronteira e peguemos esse ônibus daqui debaixo, que não tinha maleiro e não cabia todo mundo. O ônibus prometido só veio em Puno, às 22h.




10º Dia - Uyuni




Depois de mais de 13 horas de viagem chegamos a Uyuni. Demoramos mais do que o previsto porque um caminhão ficou atolado na estrada de terra que dá acesso à cidade. Fechamos o passeion por menos da metade dos preços propostos em La Paz. Depois, tomamos nosso "desayuno" e fomos conhecer a pequenina cidade. O carro tardou a sair, pois, segundo a "chica de la oficina" não há como abastecer os carros no final de semana porque os postos são fechados. Assim, em plena segunda de manhã, os postos estavam o caos. A primeira parada foi no Cemitério de Trens, nada muito atrativo...




Até o Salar de Uyuni, 12 mil Km² de deserto de sal, levamos uns 40 minutos. A vista é indescritível: o chão e o céu se confundem, parace não existir linha do horizonte!



O passeio é sensacional, ficar sem óculos de sol na imensidão branca, nem pensar!

quarta-feira, 10 de março de 2010

8º Dia - Chacaltaya e Vale de la Luna

Sensacional, fomos ao Chacaltaya com um grupo de brasileiros e quando chegamos lá encontramos mais. Muitos estavam passando mal por causa da altitude, já que estávamos a 5400 metros. Realmente, o cansaço bate muito mas fácil, mas eu não senti nada além disso.

A vista é linda, uma boa pedida para quem não quer ou não tem muita grana para conhecer a neve! Depois, já cansados, fomos conhecer o Vale de la Luna, um cenário esculpido pelas chuvas que faz lembrar a superfície lunar. Podia ser melhor se fosse antes do chacaltaya, que foi tesão do dia!





7º Dia - La Paz



"Panadería Boliviana"


Chegamos em La Paz na noite do dia 25/12 debaixo da maior chuva. Ainda bem que durante o dia encontramos uma brasileiras que deram a dica de um bom hostel bem no centro da cidade, na Calle de las Brujas.

No dia seguinte, a chuva atrapalhou um pouco, mas conseguimos conhecer a cidade e providenciar o passeio do Chacaltaya e do Valle de la Luna, tudo por 80 bolivianos. La Paz parece uma 25 de março ampliada: pessoas, cores e vozes se misturam e tornam o o lugar um pouco confuso. A impressão é de que toda a população trabalha informalmente, na rua.

Também fomos ao Museu da Coca, outro lugar que vale a pena conferir!

6º Dia - Copacabana - Isla del Sol

Fronteira Peru-Bolívia: a imigração mordeu cinco dólares da Mari porque ela "perdeu" o papel de entrada no país. O guarda cara de pau já logo colocou a grana no bolso!


Pegamos o busão para Copacabana as oito da manhã, chegamos lá por volta do meio dia e, logo depois, saímos para a Isla del Sol. O passeio pode sair bem mais barato se pegar os barcos que custam apenas 5 bolivianos. O guia fez esse passeio valer a pena, ele era muito gente boa. Atravessamos a ilha até chegar ao "Templo del Sol"



Natal em Puno




Todos os restaurantes iam fechar por volta às 23h no dia 24. O Natal é bastante respeitado no Peru e em cidades pequenas como Puno, as famílias vão à Igreja antes da ceia. Como não tínhamos casa, fomos em um dos poucos restaurantes abertos e depois andamos pela cidade. Gastamos um pouco além da conta, mas era Natal! No outro dia de manhã embarcaríamos para Copacabana.



Plaza de armas de Puno. Parece a de Cuzco, não?

quarta-feira, 3 de março de 2010

5º Dia - Ilhas de Urus e Taquiles


As ilhas flutuantes de Urus são feitas de totora e estão localizadas no lago Titicaca. São muitas ilhas desse tipo, a população vive da pesca de truta. Para adquirir mais produtos, aos domingos (uma vez por mês) há uma feira em terra firme onde há escambo de alimentos. No entanto, a principal fonte de renda é o artesanto vendido para os turistas de visitam a Ilha.






Chiquitos brincam no barco de totora utilizado na Ilha. São cobrados 10 soles por turista que quiser da uma voltinha. Eu preferi economizar, hehe!









Ilha do Sol: tradição Aymara. O povo é muito grato por tudo que a terra dá a eles.



Na Ilha do Sol, os homens só se casam depois que tecem sua melhor roupa. O artesanato é ensinado pelos mais velhos, que são muitos respeitados pela sabedoria que tem. Homens casados e solteiros usam trajes diferentes, o casamento é muito respeitado por lá.




A caminho de Taquiles: duas horas e meia de barco pelo rio Titicaca

terça-feira, 2 de março de 2010

4ºDia - City Tour/Puno

Acordamos cedo, mas ainda não estávamos descansados de Machu Picchu. Fomos atrás de um tour para as ruínas de Tambomachay, Pukapukara, Q'uenqo e Saqsayhuamán. Compramos o passeio por 25 soles por cabeça e fomos dar uma volta em Cuzco para aproveitar o nosso boleto turístico.

Visitamos alguns museus e fomos almoçar. Queriamos comer com pouca grana, já que no dia anterior tínhamos gastado um pouco além da conta na hora do jantar. O Jota viu um lugar onde a refeição saia por 4,5 soles e , então, fomos até lá. Logo que entramos no restaurante, eu perdi a coragem! A comida não tinha uma cara nada boa!







As peruanas vestidas com roupas típicas cobram 1 sol por foto (Convento de São Domingo)





Mesmo assim, o Jota quis enfrentar, mas começou a perder a coragem logo na canja servida de entrada. Definitivamente, não dava pra encarar. Fomos para o Bembus, uma lanchonete bacana que oferecia uns combos que valiam a pena. O Jotinha nem conseguiu comer, coitado!

Fomos para o city tour. Nosso guia era o mais engraçado de todos, se chamava Carlos e ele matou uma curiosidade nossa: a bandeira quadriculada que víamos na cidade, não era a bandeira gay, mas sim a bandeira que representa a fertilidade da terra, que também leva as cores do arco-iris.

Fomos para o Convento de São Domingo, onde o Jota passou mal em consequência do agradável "pollo" que comeu no almoço. Depois, fomos para Tambomachay, Pukapukara, Q'uenqo e Saqsayhuamán (Sex a Woman para quem não consegue pronunciar). A noite partimos para Puno, deveríamos chegar lá por volta das cinco da manhã. As próximas paradas seriam as ilhas de Urus e Taquiles. Já era dia 23, passaríamos no Natal em Puno e depois seguiríamos para Copacabana, na Bolívia.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

3º Dia – Machu Picchu

Sim, chegamos em Machu Picchu, sete da manhã!

Acordamos as seis de manhã e saímos rumo a Machu Picchu. Ainda não tínhamos os bilhetes de entrada e, então, fomos à oficina. A Mari, mas uma vez conseguiu pagar metade, 70 soles, eu e o Jotinha pagamos 130. Os ônibus que saem para MP saem com freqüência e a viagem sai por 18 soles.

O caminho para MP já é sensacional, subindo caminhos estreitos e já é possível ver as várias nuvens de em volta das montanhas. Chegamos por volta das sete e meia, conversamos com um guia que cobraria 20 soles por cabeça para um grupo de até 5 pessoas. Enquanto esperávamos que ele arrumasse mais pessoas, fomos até a lanchonete e nos deparamos com preços assustadores! Um copo de água por 10 soles, um sanduba com uma cara feia por 22 soles... enfim, preços turísticos!





Depois de uma hora de subida no Wayuana Picchu, vimos Machu Picchu de cima! Cansa, mas vale a pena demais!





O mundo é realmente uma pracinha! Nessa hora encontramos um casal da Unesp de Bauru, onde eu e o Jota estudamos durante, sem dúvidas, os quatro melhores anos de nossas vidas. Como queríamos subir no Wayuana Picchu, fomos apressar o guia para não corrermos o risco de não poder subir a montanha. Há uma quota, somente 200 pessoas por dia.

Ah, Machu Picchu é fantástica e estando lá é possível entender porque ela foi a única cidade inca que não foi descoberta pelos espanhóis! Ela é cheia de pontos estratégicos e está em uma área de difícil acesso. Frustante foi saber que a família do menininho que acompanhava o “descobridor” da cidade recebeu apenas um sol de consolação e ainda foi “despejada” da terra.

A sensação é de estar dentro de uma foto do Google Imagens. Sem dúvidas, vale mais do qualquer aula de história. Os incas eram geniais! Geniais pela arquitetura, geniais pela agricultura, geniais pela cultura... só vendo mesmo, não há muito como descrever a sensação.

Conhecemos uma parte do complexo e o guia nos deixou na entrada do Wayuana Picchu. Uma hora e dez de subida intensa, é muita escada! Todos os gringos que nós encontrávamos nos diziam que faltavam apenas 15 minutos para o topo. Era mentira, claro! Difícil também era respirar na altitude, o cansado era evidente.

Depois de uma longa caminhada chegamos e a sensação era, mais uma vez, indescritível. Machu Picchu agora parecia feito de pecinhas da Lego! Sensacional porque muitas vezes questionamos se conseguiríamos subir, já que não somos nada atléticos...rs. Ficamos lá em cima por uma hora e meia, mas começou a chover e achamos melhor descer, o que foi bem mais rápido, é claro.

Não teve jeito, tivemos que pagar 10 soles pela água! A Mari tava com muita dor nas pernas e, então, ficou na lanchonete nos esperando porque eu e o Jota voltamos para conhecer o restante da cidade debaixo de muita chuva. Saímos de MP por volta das 15h30, já que tínhamos sair do hostal às 17h (pechinchamos e conseguimos deixar as malas lá por 10 soles além da diária).

No hostal, o bom e velho banho! Nosso trem partiria às 20h para Ollanta, mas antes de ir embora tentamos comprar uma cusqueña pro Jotinha que mais parecia um chá, de tão quente. Não há cerveja gelada.

Chegamos em Ollanta e já pegamos um ônibus para Cuzco, 5 soles. Logo depois chegou o trem local, que transporta somente peruanos e o ônibus encheu. Coitada da Mari, que foi do lado de um cara de parecia ter uma cebola embaixo do braço. Eles tem um cheiro peculiar, meio estranho para nós!

Chegamos em Cuzco e fomos procurar um hostal. Desta vez, 60 soles o quarto triplo. Não era uma maravilha, mas tava bom. No dia seguinte iríamos visitar as ruínas de Tambomachay, Pukapukara, Qenqo e Saqsayhuamán. Depois, seguiríamos para a cidade de Puno.

sábado, 30 de janeiro de 2010

2º dia - Vale Sagrado e Águas Calientes



Acordamos cedo, fizemos nosso “desayuno” e fomos para a Plaza de Armas, de onde sairia nosso ônibus para o Vale Sagrado. A primeira parada em uma feirinha de artesanato, distante 17 km de Cusco. Lá comprei algumas coisas incrivelmente baratas. A próxima para já seria nas ruínas de Pisac.

Era segunda –feira, portanto, não havia feira em Pisac, pois só acontece as terças, quintas e domingos. Assim que chegamos compramos nosso boleto turístico, 130 soles. A Mari conseguiu usar a carteirinha antiga da pós-graduação e pagou a metade do preço.

Até então, quase não havíamos sentido a altitude, mas realmente a subida foi cansativa. Ainda bem que ninguém passou mal! Realmente, um mochilão desses vale mais do que qualquer aula de história ou geografia. A guia que estava com a gente explicou muitas coisas interessantes e incríveis. Ninguém sabia que os pulmões dos habitantes da região andina são no mínimo três vezes maiores que os nossos! Afinal, respirar na altitude é preciso! É por isso também que eles são pequenos e com o corpo um pouco triangular.... para abrigar pulmões tão grandes! O aprendizado vai além da história!

Ruínas de Pisac


De Pisac seguimos para Ollanta, onde também embarcaríamos para Águas Calientes. Vale ressaltar que infelizmente esses locais foram atingidos por fortes chuvas na última semana e estão, literalmente, embaixo d’agua. Em Ollanta, conhecemos mais algumas ruínas e depois o ônibus seguiu para Chinchero.

Nós não seguimos viagem, ficamos conhecendo o povoado e fomos na feira de artesanatos, onde uma “chica” queria trocar uma mercadoria pela minha mochila pequena. Juro que pensei duas vezes, mas ia ficar sem mochila depois e a viagem ainda estava no começo..hehe.

Vista de cima - Povoado de Ollanta


Tomei um caldo de alho muito bom em Ollanta, estava frio e o trem só ia sair às 21h30. Chegamos em Águas Calientes por volta das 23h e fomos para um hostal que, segundo a moça, era “muy cerca y bueno”. Nem perto, nem bom, nem com chuveiro funcionando, foi uma luta até água esquentar. No entanto, os 40 soles pagos pelo quarto triplo foi o suficiente para descansar para o dia seguinte: Machu Picchu.

De São Paulo a Cuzco


Plaza de Armas, Cuzco

É claro, a expectativa estava grande, afinal tinha chegado o grande dia e o nosso mochilão ia começar. O vôo saiu de Cumbica ás 18h50 e às 21h00 já estávamos no aeroporto de Lima. Resolvemos ir até Miraflores porque a conexão para Cuzco sairia só às 10h00 do dia seguinte (20/12). Foi ai que fomos surpreendidos pela primeira vez na viagem!

Combinamos 25 soles com o taxista até Miraflores, mas ai ele começou com papo de que iria ficar muito caro e pra voltar e que era melhor a gente ficar em um outro lugar que também era super agitado, a Marina. Acreditamos nele e depois, além de pagarmos 10 soles a mais, fomos parar no risca faca de Lima.

Resolvemos parar em um bar que eu não me lembro o nome, mas que parecia ter saído da vilinha do Chaves. Ficamos lá um por um bom tempo, experimentamos várias cervejas e “ai, sim! Fomos surpreendidos novamente!”. Perguntamos para o dono do buteco o que era a porção de papas al hilo e ele não soube explicar, logo não conseguimos entender e quando chegou o prato estávamos em frente a um grande prato de batata palha! Hahahaha, foi ridículo!

Ficamos lá mais um tempo e depois decidimos procurar outro lugar. Na avenida um monte de “pollerias” e a gente não tava com a mínima vontade de comer frango. Várias baladas estranhas! Achamos melhor não entrar porque além da cara de turista, estávamos com nossas mochilas.

Já era madrugada, voltamos para o aeroporto e passamos a noite mais interminável de nossas vidas. Brincamos de “O Terminal” até a saída do vôo para Cuzco. O Jota conseguiu dormir um pouco, mas eu e a Mari resolvemos sair do aeroporto pela manhã para tirar umas fotos. Foi ai que vimos uma galera comendo pão com ovo, vendido no ponto de ônibus! Não, nós nem cogitamos a hipóteses de comer um.

Depois de muitas horas de espera, embarcamos para Cuzco. Chegando lá, uma porção de pessoas oferecendo hostal. Não aceitamos nenhum, é preciso pechinchar! Conversamos com um taxista muito gente boa, o Willy (Cualquier cosa que necesitas, llamas a Willy!) que levou a gente pra um lugar bem bacana, próximo a Avenida El Sol, duas quadras abaixo da Plaza de Armas. Preço: 70 soles o quarto triplo. Fechado!Tomamos banho e tiramos o dia para conhecer a cidade e suas pequenas ruas.

Conseguimos almoçar por 15 soles, menu turístico, que traz uma sopa ou creme de entrada, o prato principal, o postre ( sobremesa) e uma bebida. Experimentei carne de alpaca e me pareceu um pouco forte, mas depois achei muito boa! Tomamos o famoso pisco sour, mas confesso que não curti só pelo fato de saber que aquela espuminha é clara de ovo..hehhee.

Aproveitamos para já providenciar nosso passeio ao Vale Sagrado ( 20 soles por cabeça) porque nosso trem para Machu Picchu sairia na segunda, 21/12, a noite. Compramos várias coisas porque estava meio frio, então nos equipamos de toucas, luvas, meias e blusas típicas. Todo turista faz isso!

Já nesse primeiro dia, muito me impressionou o misto de beleza e pobreza na ruas de Cuzco. São principalmente mulheres e crianças pedindo dinheiro (Um sol por mí señor) ou cobrando por fotos.

Uma das muitas peruanas que vendem comida nas ruas de Cuzco

Pela noite fomos ao Mushroom, mas estava vazio! Bebemos algumas cusqueñas e mojitos e fomos dormir. No Mama Àfrica, a balada mais cobiçada de Cuzco, não havia nada...apenas aulas de Salsa.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Engraxate

Chiquito peruano engraxa sapatos de turista na Plaza de Armas, Cuzco, Peru